sábado, 6 de junho de 2009

Palavras ao vento....

A vida é uma montanha russa. Há dias altos e dias baixos. Algumas vezes passamos por dias baixos, mas isso não quer dizer que tudo é o fim. Pode ser necessário talvez que você confirme que o apoio de segurança ainda está firme.

No começo, você coloca a proteção. Depois, mesmo que haja altos, baixos ou reviravoltas, nada será capaz de te afetar. Você estará no mesmo lugar dentro do carrinho.

Não é à toa que os carrinhos de montanha russa sempre cabem duas pessoas lado a lado, não mais, não menos. A vida é realmente uma montanha russa. Achei alguém que eu quero que divida o carrinho comigo, e já apertei os meus cintos. Agora não tem mais volta, a única possibilidade é quando o "passeio" da montanha russa da vida terminar. Até lá, já me decidi. É você que vai estar do meu lado. É você que vai sofrer, curtir, sorrir, sempre junto de mim.

Acho que passei por um momento de baixos. Posso ter parecido meio triste, talvez meio distante. Tudo o que fiz na verdade foi apenas checar se estávamos ambos seguros em nossas posições. Sabendo que sim, vem o alívio. Podemos passar por quantas voltas quiserem dar, podemos ser chacoalhados, até mesmo passar por momentos escuros dentro de túneis que talvez possam causar medo. Porém nada mais vai ser capaz de nos tirar um do outro, exceto o fim da montanha russa.

Deixe meus braços serem seu cinto de segurança. Deixe-me envolver-te com ternura e carinho, porém com toda a firmeza necessária para que você saiba que nunca a deixarei desprotegida. E nunca a deixarei sair de minha vida. Quero poder envolver-te de tal maneira que sintas a segurança que sinto em nosso futuro. Não vou deixar você escapar. Não agora, que está tudo tão próximo. Não por um motivo besta. Pode ter certeza - você será minha. E eu não irei te abandonar ou te deixar vulnerável. Porquê eu te amo.



E claro, pra não perder o costume...


Eduardo E Mônica

Legião Urbana

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram...

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer...
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse:
"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"

Festa estranha, com gente esquisita
"Eu não 'to' legal, não agüento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"É quase duas, eu vou me ferrar..."

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete,
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard

Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camêlo
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo


Eduardo e Mônica era nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês

Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô

Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema "escola, cinema
clube, televisão"...

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser...

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar...

Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular

E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
Ah! Ahan!

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão!

Nenhum comentário:

Postar um comentário